Nelson Sargento é, sem dúvida, um dos maiores sambistas ainda vivos e um dos baluartes da Estação Primeira de Mangueira.
Nelson passou a morar em Mangueira ainda criança. Foi criado por Alfredo Português, figura notória e respeitada no morro. Logo de cara, o ainda rapaz, passou a andar e aprender coisas do samba e da vida com os bambas. Cartola, Nelson Cavaquinho, Aloísio Dias e Carlos Cachaça eram companhias constantes nas noites de samba e boemia. O "sobrenome" Sargento é herança dos tempos de Exército.
Sua fantástica memória ajuda a preservar histórias, tradições e sambas antigos e ainda inéditos da Verde e Rosa. Foi membro da ala de compositores da Escola e compôs sambas de enredo inesquecíveis como “Vale do São Francisco” em 1948 e o antológico “Cântico à natureza” de 1955, considerado um dos mais belos de todos os tempos.
Nos anos 60, participou ativamente das rodas de samba do Zicartola, do espetáculo Rosa de Ouro e foi integrante dos conjuntos A voz do morro e Os cinco crioulos.
Além de sambista e autor de vários clássicos do gênero, Nelson Sargento é renomado pintor, tendo realizado diversas exposições de seus quadros de estilo primitivo. Artista de múltiplos talentos, também fez participações como ator na TV e em filmes.